O MT Econômico traz hoje a perspectiva para a pecuária de Mato Grosso em 2021, segundo a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).
Em 2020, apesar das dificuldades enfrentadas pela pandemia, o setor se mostrou resiliente. A margem de lucro dos produtores caiu, devido ao aumento significativo do preço dos insumos, decorrente da alta do dólar. Mesmo diante das dificuldades, os produtores mantiveram o mercado abastecido.
"Devemos lembrar que na pecuária tudo é cíclico: os preços sempre vão oscilar para cima e para baixo, pois a pecuária não é uma atividade especulativa. Os animais vendidos hoje já estavam programados para chegar a este estágio há três, quatro anos", avalia o presidente da Acrimat, Oswaldo pereira Ribeiro Jr.
Em relação à expectativa para 2021, o presidente da Acrimat disse que será um ano parecido com 2020, mas um pouco melhor. "Acredito num balanço positivo para o setor como um todo, apesar do preço alto dos insumos, principalmente os grãos, que devem continuar a ser impactados pelo clima e pela demanda externa, que segue muito alta", comenta.
A China ainda será o principal comprador da carne de Mato Grosso, com a demanda se mantendo em alta. Mesmos assim, o presidente da Acrimat alerta para os produtores também pensarem na abertura de novos mercados. Na avaliação do representante da entidade o mercado interno deve apresentar desafios maiores. "A economia ainda enfrentará desafios, com sua situação agravada pela pandemia. Outro fator que devemos estar atentos é sobre o auxílio emergencial do governo, que assim que cessar impactará no consumo de forma acentuada".
Ribeiro destaca que os preços do bezerro e do boi magro devem continuar em níveis relativamente altos, devido à oferta reduzida na reposição. "Mas num balanço geral a expectativa deve ser vista como satisfatória, pois acredito que o produtor continuará fazendo o que sabe fazer melhor: trabalhar".